A fé é uma das expressões mais profundas da alma humana. Ela pode consolar, inspirar, fortalecer. Mas, ao longo da história, também tem sido usada como ferramenta de medo, controle e dominação. E o que está em jogo, na maioria das vezes, não é apenas o que você faz — é o que você pensa.
Muitas religiões dizem respeitar a consciência, mas na prática, fazem de tudo para moldá-la. Criam regras que vão além dos textos sagrados, estabelecem doutrinas absolutas e condicionam o amor, a aceitação e até o convívio ao grau de obediência que o fiel demonstra. Pensar diferente passa a ser visto como ameaça. Questionar é pecado. E seguir a própria consciência, uma traição.
Mas de que vale uma fé que só existe quando imposta de fora para dentro?
Fé verdadeira é fruto de convicção pessoal, não de medo. Ela floresce quando há liberdade para refletir, para concordar ou discordar, para aceitar ou recusar. Sem isso, não há fé — há apenas submissão.
A consciência é sagrada. É nela que mora o diálogo íntimo entre o ser humano e o que ele entende como divino. Nenhum grupo tem o direito de sequestrar essa ponte.
Religiões que exigem obediência cega, que punem quem pensa diferente e que criam um sistema de culpa e exclusão para os que ousam discordar, não estão servindo ao sagrado — estão servindo ao próprio poder.
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