Religiões sempre dizem seguir Jesus. Mas o que muitas não percebem — ou preferem ignorar — é que Jesus nunca foi o tipo de pessoa que se encaixava perfeitamente nas estruturas religiosas do seu tempo. Na verdade, foi justamente a discordância dele que o levou à exclusão.
Jesus questionou.
Desafiou tradições.
Confrontou líderes religiosos.
E por isso foi rejeitado, perseguido e condenado.
Agora imagine: e se Jesus vivesse hoje?
E se, ao perceber abusos de poder, regras sem fundamento e doutrinas que ferem a consciência, ele falasse com clareza?
E se ele dissesse: “isso não está certo”, “isso não vem de Deus”, “vocês estão transformando a fé em fardo”?
Será que ele seria aplaudido? Ou disciplinado e expulso?
Quantas religiões modernas realmente aceitariam alguém como Jesus, que curava no sábado, que tocava nos impuros, que comia com os excluídos, que dizia “a letra mata, mas o espírito vivifica”?
Quantas o tolerariam depois de verem ele desafiar a tradição com base na compaixão?
A resposta dói, mas precisa ser dita: Jesus seria expulso de muitas instituições religiosas hoje.
Não por falta de fé.
Mas por excesso de consciência.
Por não se calar diante da hipocrisia.
Por não se curvar à estrutura.
Por colocar a vida acima da norma, a justiça acima da reputação, a verdade acima da política da religião.
E o mais chocante: muitos que o expulsariam, o fariam em nome dele mesmo. A história se repetiria, só que agora com o discurso “oficial” do lado errado mais uma vez.
Jesus não foi morto por ser ateu ou pecador. Ele foi morto por ser justo demais num sistema religioso corrompido demais.
Então, quando você for julgado por discordar, por questionar, por recusar seguir uma regra sem alma, lembre-se de quem mais fez isso — e do que fizeram com ele.
Se sua consciência te levou a falar o que ninguém tem coragem, se sua fé te fez levantar a voz enquanto todos abaixavam a cabeça, você não está contra Jesus — você está andando ao lado dele.

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