quinta-feira, 17 de julho de 2025

Do medo à liberdade: o caminho que a religião não ensinou

Durante muito tempo, minha caminhada espiritual foi marcada pelo medo.

Medo de errar.
Medo de pensar diferente.
Medo de ser excluído.
Medo de Deus — não no sentido de reverência, mas no de pavor.

Aprendi que obedecer era mais seguro do que entender.
Que calar era mais santo do que questionar.
Que discordar — mesmo com base na Bíblia — era rebeldia.
E assim, fui moldado não por amor, mas por vigilância.
Não por consciência, mas por regras.

Mas com o tempo, algo dentro de mim começou a acordar.
E a pergunta que me salvou foi simples:
“Isso é fé ou é medo?”

Foi aí que tudo começou a mudar.

Comecei a perceber que muitas doutrinas foram construídas não para libertar, mas para prender.
Que muitos discursos sobre “amor” vinham seguidos de ameaças.
Que a religião dizia “venha como está”, mas depois exigia que você se calasse e se dobrasse.
E que questionar o sistema era pior do que cometer qualquer “pecado moral”.

Mas liberdade de verdade não nasce no conforto da obediência cega.
Ela começa quando você decide pensar.
Quando você resolve seguir sua consciência mesmo sem aplausos.
Quando você entende que Deus não tem medo da sua sinceridade.

A religião não ensinou esse caminho.
Ela nos ensinou a temer.
A nos anular em nome da “unidade”.
A acreditar que salvação é recompensa por submissão.
Mas o evangelho de Jesus é outro:
“Conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.”
Não está escrito “vos controlará”. Nem “vos silenciará”.

Liberdade espiritual não é fazer o que quiser.
É viver em paz com a consciência, sem algemas impostas por homens.
É seguir a fé com alegria — não com culpa.
É poder dizer “não acredito nisso” sem ser tratado como inimigo de Deus.

Hoje, sei que estar em paz com minha consciência é mais importante do que agradar instituições.
E se minha liberdade incomoda os que vivem do controle,
é sinal de que estou no caminho certo.

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